Literatura em quadrinhos

Hoje, mudando do meu tema de sempre, que são jogos, falarei um pouco sobre mangás e manhwas. É bem provável que você, em algum belo dia, quando resolveu passar em uma banca de jornal, tenha visto nas prateleiras uma seção cheia de "gibis" cujas capas mostravam guerreiros com espadas enormes, casais apaixonados ou coisas do tipo, sempre com olhos enormes. Pois bem, são estes "gibis" o nosso tema. Aquelas histórias em preto e branco que são lidas de trás pra frente, começando no "final" do livro.
No Japão, principalmente, os mangás são parte da cultura do povo, desde crianças até adultos e idosos. Tanto que, assim como em nossos jornais saem quadrinhos de Angeli e Dik Browne (tudo bem, não necessariamente autores brasileiros, mas enfim...), lá na terra do sol nascente os japoneses têm semanalmente publicações de diversos mangakas (como são chamados os desenhistas desta arte) em algumas revistas. A diferença é que os mangás, em sua maioria, seguem um enredo, tendo uma história complexa e longa. Algum tempo depois das publicações em revistas os capítulos são encadernados, formando então aqueles "gibis" que vemos nas bancas.
Existem mangás de vários estilos diferentes, e só para exemplificar, os mais comuns são os shounen, direcionados principalmente a garotos, como Bleach e Death Note, e os shoujo, direcionados a garotas, como Fruits Basket e Nana. Isso obviamente não impossibilita ninguém de ler mangás direcionados ao sexo oposto, e na minha opinião essas definições são só uma maneira de separar aventuras sanguinárias de contos românticos.
Manhwas são os quadrinhos coreanos, que cada vez mais vêm conquistando seu espaço entre os mangás. Diferentemente deles, os manhwas são lidos de maneira ocidental, ou seja, da esquerda para a direita, como fazemos normalmente. Dos títulos publicados em português, os de maior repercussão são Chonchu e Ragnarök, tendo o último servido como inspiração para o jogo on-line de mesmo nome, que hoje é um dos mais famosos na área de RPGs.
Atualmente as editoras JBC, Panini e Conrad são as principais responsáveis por trazer os títulos de maior sucesso para o Brasil, já em suas edições encadernadas e com periodicidade geralmente mensal. Além dos títulos já mencionados anteriormente, também recomendo Berserk para quem prefere traços mais violentos e uma história muito forte e desesperadora (Panini adverte: impróprio para menores de 18 anos!), Sunadokei para as (os) românticas (os) de plantão e Vagabond, mangá que conta a história de Miyamoto Musashi, um dos maiores samurais que o Japão já teve. Ah! E claro, não posso esquecer de One Piece, mangá que fala sobre piratas. ORRÔ!
Bom, por hoje é só. Para quem tiver se interessado, estou disponível para qualquer dúvida.
Boa leitura!

Ichigo Kurosaki - Bleach

Chonchu

Felipe Augusto